
Verdade seja dita, nos dias de hoje muitas sociedade industrializadas são as responsáveis pela predominância do parasitismo dentro das suas próprias nações. Talvez este texto vá roçar o extremismo político mas certos episódios que tenho presenciado aqui no Reino Unido têm-me feito mudar a minha opinião consideravelmente.
Sou uma forte apoiante da social-democracia e creio ser dever do Governo cuidar dos seus cidadãos desde o berço até à cova, deve zelar pelo seu bem-estar e ampará-los em caso de efemeridade ou de infortúnio. O grande exemplo disso são os países nórdicos, onde as pessoas pagam impostos exorbitantes mas isso é depois retribuido em educação e saúde gratiuta e etc. Presentemente, o Reino Unido está a enfrentar a crise do «welfare», do seu Sistema de Segurança Social, que durante anos ajudou a formar a cama dos ditos parasitas. Senão, vejamos: se temos uma criança recebemos um gordo «child benefit», que pode variar de acordo com o salário que temos (o que significa que quem não tem emprego receberá uma boa quantia), depois o Estado dá uma casa quando se tem a criança, há o subsídio de desemprego, o subsídio de saúde, o subsídio de invalidez, o subsídio de jovem mãe, bla bla bla. E nós perguntamos: «Quem paga isto?». São os cidadãos que trabalham e pagam os seus impostos. Eu fico bastante feliz comigo mesma se souber que o dinheiro dos meus impostos irá servir para pagar a pensão de um reformado que já fez o seu contributo para o seu país e agora tem o direito de descansar, ou para uma mãe solteira que precisa de comprar os livros escolares do filho, ou para um desempregado poder colocar comida na mesa, não me importo de pagar os meus impostos se for para isso, porque se estivesse nessa situação gostaria que fizessem o mesmo, contudo, recuso-me a pagar impostos que depois serão usados como subsídios para pessoas que não trabalham e não querem trabalhar, que passam o dia inteiro sentadas no sofá a ver televisão só tendo de se preocupar em todos os meses ir levantar o cheque da Segurança Social com os seus subsídios. E acreditem, aqui na Inglaterra ou em Portugal, há muita gente que vive assim.
Da primeira vez que estive na Inglaterra, em Fevereiro, conheci esta família inglesa cuja profissão da mulher era ter filhos, sim, "ter filhos". Cinco no total, um de cada pai. Por cada filho ela recebia dinheiro que lhe permitia ir de férias e a filha de 16 anos, também ela mãe, tinha um telemóvel topo de gama, algo contraditório para alguém que vive de benefícios. O que a mulher fazia o dia todo? Sentada confortavelmente na sala da sua casa oferecida pelo Estado, fumando cigarros e contando pontualmente às assistentes sociais a velha história melodramática: «oh, o meu marido abandonou-me, tenho estas crianças todas para criar» (snif snif, violinos de fundo). Sim, minha senhora, é eventualmente uma história triste, mas qual é a finalidade de trazer crianças ao mundo para puder tirar o proveito doa benefícios se trabalhar que é bom, nada? A minha mãe sempre trabalhou e criou duas filhas sozinhas e o Estado resolveu dar-lhe o subsídio mensal de «7 euros»! 7 Euros?! Nem para comprar um pacote de fraldas isso serve! E isto porque a minha mãe sempre trabalhou! Só precisaria da ajuda do Estado para comprar roupas para a filha mais nova, ou ajudar nas despesas dos livros e das propinas ou nas senhas da cantina, e eles dão 7 euros? É de fazer qualquer um se revoltar! Porquê que eu, que trabalho e pago os meus impostos só recebo 7 míseros euros enquanto há parasitas (porque não encontro outro termo para essas pessoas) a receber 100 euros por cada filho?
Quando houve aquela polémica toda na Internet por conta da discriminação com os nordestinos, uma das frases mais lidas era «esses nordestinos que vivem às custas do bolsa família». É certo que o Nordeste pode não ser a melhor zona em termos de agricultura, mas ainda assim tem muita coisa para ser feita e cabe ao Governo garantir que as pessoas tenha formação necessária para ocupar postos de trabalho que todo o mundo sabe estar em falta, o que é muito mais útil do que dar subsídios. Não é justo que uns trabalhem enquanto outros fiquem há sombra da bananeira.